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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Verdade na Faixa



O dia 29 de novembro é um marco histórico na luta mundial pelas liberdades. Nesse dia, no ano de 1947, era adotado pela ONU um plano de divisão da Palestina[1], que previa a criação de um estado judeu e um estado árabe nessas terras.

A região da palestina sempre foi alvo de confrontos que envolvem muito além dos interesses dos dois estados, esses confrontos têm como pano de fundo a estratégia de intervenção político-econômica global de alguns países europeus, norte americanos e da Liga Árabe em torno da grande produção de petróleo na região e na tentativa de uma imposição cultural, que alargue os mercados consumidores de produtos “Made In Ocidente” ou que assegure a permanência de governos totalitaristas na região do oriente médio através da domesticação dos povos.

Nos últimos anos esses confrontos vêm se agravando, causando milhares de mortes de ambos os lados, vitimando civis de várias nações para assegurar os interesses econômicos do capital global, construídos sob a égide desses interesses os vários acordos de paz constituídos anteriormente foram sendo sistematicamente rompidos, a guerra para esse conjunto de interesses continua sendo a estratégia mais lucrativa;

Observa-se ainda que uma das grandes dificuldades de se constituir um acordo de Paz sólido com ambas as nações são as intransigências nas negociações de ambos os governos, impulsionadas pelas oposições construídas por facções extremistas palestinas e israelenses que ainda vêem na lei “olho por olho, dente por dente” como máxima na construção da “paz”, outro fator é a disputa acirrada pelo domínio de áreas com maior abundância de recursos naturais, água, petróleo, terras férteis e tudo mais, capitaneada pelas nações árabes, americanas e européias, que na busca pela manutenção de seus monopólios político-econômicos preferem a guerra ao invés da construção de duas nações soberanas, democráticas e livres;

Porém hoje, na ONU, mais uma tentativa será feita na busca da solução para o confronto Israel-Palestina, o presidente da autoridade palestina Mahamud Abbas vai propor a Assembleia Geral das nações Unidas um projeto de resolução que além de solicitar a participação da palestina como estado observador da organização, solicita que sejam retomadas as negociações para se chegar a paz na região e se estabelecer um estado palestino com base nas fronteiras de antes de 1967[2]

Contudo se os interesses econômicos e políticos globais não forem subjugados pelos interesses do povo dessas duas nações, que necessitam de um ambiente de paz, liberdade e democracia, para superarem as pobrezas que imperam na vida de boa parcela da população, teremos apenas mais um pedaço de papel assinado, e mais uma parcela dessas nações assassinada!   

Viva a liberdade, um estado Palestino Já!
Paz em Jerusalém!


[1] Naquele momento os países árabes não aceitaram a proposta, pois compreendiam que a proposição era desfavorável para eles, posição que só foi revista anos depois;
[2] Guerra dos Seis Dias. Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e tomam a Península do Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.

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