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terça-feira, 29 de maio de 2012

Sou Socialista



Sou defensor sagaz da justiça, da massa oprimida e da sociedade. Mesmo que me obriguem a mudar de idéia, sou Socialista, ate a morte. Mesmo que coloque, o mundo contra mim.

Mesmo que usem todo o poder existente. Mesmo que impeçam de divulgar a justiça. Mesmo se forem cegos ao povo. Mesmo se forem surdos ao povo. Mesmo se atarem as mãos do povo. Eu lutarei.

E meu conhecimento e coragem serão as únicas armas de que precisarei. E mesmo que me tirem tudo, não me tirarão a coragem e o conhecimento. Quando sofrer lembrarei que  Cuba ainda persiste.

Quando estiver em apuros, lembrarei que as idéias de Che não morreram com ele. Quando estiver desanimado, lembrarei da Revolução Russa. Quando estiver cansado, lembrarei que os mártires do povo lutaram até o fim. Quando estiver injustiçado, lembrarei da glória que já alcançamos, como em Stalingrado ou no Vietnã.

Quando com medo, lembrarei que quando vencemos, vencemos socialistas, e quando perdemos, perdemos heróis. Quando sozinho, lembrarei das inúmeras revoluções que ocorreram no mundo. Desde a Rússia, Albânia, até Angola, Cuba e Coreia. E quando estiver com Deus, lembrarei que sou apenas socialista.
(Ernesto Che Guevera)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Igualdade e Desigualdade


O conceito de igualdade é definido como uma norma que impõe tratar todos da mesma maneira; Juridicamente conhecemos este conceito comoisonomia, que se desdobra no art. 5º da constituição que reafirma a igualdade de todos perante a lei.

Fazendo um breve resgate histórico do conceito de igualdade aplicado às sociedades, podemos dividi-lo em três momentos: o primeiro, onde seria impensável a igualdade entre os homens, a barbárie; o segundo, quando haveria o início do reconhecimento da igualdade entre os humanos indistintamente, pós-iluminismo; e o terceiro, e atual, no qual a igualdade se mostra atrelada à ideia de justiça, contando, inclusive, com intervenções estatais no sentido de diminuir as desigualdades sociais, a democracia “pseud.” representativa.
Porem o conceito de igualdade aplicado atualmente dista léguas, do conceito aristotélico que melhor adaptar-se-ia a multiplicidade, de atores e cenários sociais postos pela sociedade da desigualdade que vivemos;

Aristóteles afirma que "A verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais à medida que se desigualem". Quando tratamos de desigualdades pensamos aqui sobre o prisma da desigualdade moral ou politica, como diria Rousseauexistem, dois tipos de desigualdades: uma, que ele chama de natural ou física, porque é estabelecida pela natureza,a outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou política, porque depende de uma espécie de convenção, e que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada, (quando não imposta) pelo consentimento dos homens.

Consiste esta segunda desigualdade nos diferentes privilégios de que gozam alguns, com prejuízo dos outros; como ser mais ricos, mais honrados, mais poderosos do que os outros, ou mesmo fazerem-se obedecer por eles. Entende-se a necessidade latente da sociedade tentar garantir dois princípios inalienáveis: liberdade e a igualdade, princípios estes violados com a formação da sociedade civil e a instituição da propriedade privada. (agora esse pedaço é meu e ninguém tasca)

O modelo de sociedade em que vivemos desfavorece a idéia plena de igualdade que almejamos, hoje vivemos em uma sociedade opressora e mercantil, onde o TER se sobrepõe ao SER, para se alcançar a igualdade é de fundamental que ocorra uma inversão de valores, (radical, diga-se de passagem) para que compreendamos que somos 07 bilhões de irmãos e irmãs (somos iguais em nossas diferenças).Todo o esforço seja ele jurídico, político ou civil, ou mesmo sentimental, no sentido de diminuir as desigualdades é válido para que a ideia, o se você preferir o conceito, eu fico com sentimento, de igualdade passe de uma utopia para uma realidade.

Weverton Matias
Acadêmico de Direito, e Militante do Movimento Estudantil.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Empoderamento e transição geracional


O Brasil vive uma oportunidade demográfica única de mudar o perfil de sua sociedade investindo em suas 52 milhões de jovens. A partir deste marco, poderíamos passar à afirmação de que seria necessário aprofundar um conjunto PPJs, falar do Conselho, da Conferência e da Secretaria Nacional de Juventude, mas…Queremos rediscutir o rumo dessa prosa.
O tema “Políticas Públicas de Juventude” (PPJ´s) revelou, de modo especial, a importância do jovem como indivíduo com necessidades específicas a serem atendidas pelo Estado, permitindo a inclusão das suas demandas em agendas políticas, espaços institucionais e nos orçamentos públicos dos municípios, estados e União.
É notório que o “movimento pelas PPJs” alcançou um nível de projeção razoável a ponto hoje de o tema/assunto estar consagrado no Estado brasileiro e a transversalidade interministerial de políticas de jovens é uma regra mesmo somente a incidente como é o caso de ProUni, ReUni, da expansão de vagas no ensino técnico, muitas vezes, inclusive, vendidos como “política nacional de juventude” sem ser, já que esta se resumiu formalmente ao decreto que instituiu o Projovem Integrado.
Para constatar isso, não é necessário ir muito longe. Vejamos o que diz o Plano Plurianual 2012-2015 a respeito disso:
“(...)A transição demográfica em curso age no sentido de reduzir o peso relativo de crianças e jovens e aumentar o de adultos e idosos na estrutura etária (...)
Esse indicador sinaliza que a mudança de estrutura etária levará o Brasil, durante algumas décadas, a uma substancial redução das razões de dependência dos estratos mais jovens e mais idosas em relação à população em idade ativa. Um reflexo disso seria a ampliação da população em idade ativa, caracterizada como “bônus demográfico” (...)
Para que a juventude se beneficie da ampliação das oportunidades econômicas em curso no Brasil, várias políticas vêm sendo empreendidas desde 2003, como a ampliação das redes federais de educação superior e profissionalizante e a instituição do Programa Universidade para Todos (ProUni), do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) e do benefício variável jovem do Bolsa Família. Políticas que vêm contribuindo para a ampliação da escolaridade e formação dos jovens e às quais se integrarão outras, no governo da Presidenta Dilma, como o PRONATEC, novas expansões das redes federais de educação profissional e superior e o Plano Brasil Sem Miséria(...)”
(Plano Mais Brasil, pág. 33 - Dimensão Estratégica/Cenário Social/Demografia)

E por quê?
Todavia, a consolidação do ProJovem como um programa de educação simboliza o desfecho de uma etapa de ascensão institucional e de uma etapa filosófica no que concerne ao objeto de desejo de destino do ativismo juvenil. Seria como se, pela nova fase do Brasil, os antigos pés-de-obra – jovens pobres que sonham em jogar profissionalmente futebol atuando em pequenos clubes por baixos salários – passassem a mirar a carreira de medicina.
Sem meias palavras, querer atuar em órgãos de juventude é insuficiente, posto que nos é exigido incorporar o olhar geracional sobre o futuro e o presente do Brasil para a totalidade da elaboração, aplicação e avaliação das políticas públicas, do que fazer a partir das mudanças que elas geram na vida material e espiritual de seus beneficiários e como o PT deve conduzi-las aqui e agora para criar o elo entre os que os dirigem hoje e os que o dirigirão na cena seguinte.
Em suma: sem desprezar a necessidade de os jovens ou especialistas da vida e/ou da Academia eventualmente catapultados às esferas de governo e legislação desenvolverem políticas públicas para o grupo social, eles precisam mesmo é ocupar funções destacadas de secretarias, prefeituras, ministérios, mandatos parlamentares, quadro de assessoramento superior ou de carreira, porque o grande desafio estratégico é dar continuidade às transformações iniciadas no Brasil, o que exige formar uma nova geração de líderes em todos os níveis, que só se materializará com a participação dos jovens nos espaços de poder político. Grosso modo, precisamos, no plano estratégico de ação juvenil, menos de “políticas públicas de juventude” e mais de “juventude pensando políticas públicas”.
Melhorando: não deve ser mais prioritário e nem admissível, do ponto de vista político, que um jovem se eleja vereador ou prefeito ou esteja assessor numa secretaria-chave da administração pública com “profissão de fé” em. implementar PPJs. . Não queremos só uma escola de jovens líderes, queremos um celeiro de quadros da esquerda para a República. Não queremos só um dirigente juvenil, mas um jovem dirigente. Não queremos só “vereadores jovens” e sim “jovens vereadores”. Não queremos só um “gestor de PPJs”, mas um agente efetivo [3]da revolução democrática. Precisamos, de um lado, mobilizar a sociedade brasileira em torno de idéias e propostas dos jovens para o país e, de outro, mobilizar os jovens pelo desenvolvimento.
Para ilustrar o que dizemos, citamos dois exemplos:
1) Uma importante articulação internacional de partidos de esquerda criou um “GT” de juventude e este, agora, planeja um “seminário de PPJs”. Sobre isso, alguém certa vez disse: “eles [organizações juvenis de um outro partido associado] ainda são muito apegados ao ‘anti-imperialismo’”. Bom, mas o que seria mais central? Uma concertação geracional dos jovens destes partidos de esquerda, que brevemente estarão com as rédeas sobre estes, ou “PPJs”?
2) Um amigo comum, gestor de “PPJs” num município, reclamara que não só estava a perder o cargo como a pasta seria desmontada em recursos financeiros e humanos. Estava chateado por assumir uma função de assessor da secretaria que coordena a gestão das demais secretarias da prefeitura. Ele estava a cair ou a crescer?
Prestemos atenção no fato de que as classes sociais em ascensão (D e C) são formadas majoritariamente por pessoas entre 15 e 29 anos, por jovens-ponte (como descobriu a pesquisa “Sonho Brasileiro” [4]), que, com mais escolaridade e trabalhando com melhores salários, formam a opinião de seus lares. E eles querem segurança, saúde, educação, querem ser parte da solução estrutural destas questões e são eles que podem ser ganhos para uma nova cultura (e opção duradoura) política nacional. Porém, só o serão, se com eles for debatido o Brasil, seu estado, sua cidade, seu bairro e se enxergarem fator etário com capacidade de representação política e social, já que estamos falando do PT para a “nova classe trabalhadora”.
Longe de lançar a polêmica sem apontar conteúdo, queremos dizer que não fugimos ao debate latente: “Se não propõem o carreirismo, o que oferecem em termos de projeto ideológico-programático geracional?”. Entraremos nesta questão no próximo artigo.


Amanda Lemes é graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá, membro da Direção Nacional da JPT e compõe a Equipe de Assessoramento Eleitoral Nacional do PT
Leopoldo Vieira é membro da Direção Nacional da JPT, editor do blog Juventude em Pauta!

sábado, 12 de maio de 2012

Resistência palestina




Os mais novos heróis da causa palestina não são homens jovens corpulentos atirando pedras ou empunhando armas automáticas. Eles são adultos magros, com os pulsos acorrentados, passando fome dentro das prisões israelenses.

A cada dia desde 17 de abril, um grande número de prisioneiros palestinos tem se juntado a uma greve de fome que as autoridades dizem agora contar com mais de 1.500 participantes.

Dois prisioneiros em greve de fome há mais tempo, apareceram em cadeiras de rodas perante a Suprema Corte de Israel, implorando por sua soltura do que é conhecida em Israel como detenção administrativa - prisão sem acusações formais. “Eu sou um homem que ama a vida e quero viver com dignidade”, depôs, Thaer Halahleh, 33 anos, segundo um grupo de defesa que contava com um apoiador no tribunal. “Nenhum ser humano pode aceitar permanecer na prisão, nem mesmo por uma hora, sem uma acusação ou motivo.”
Os prisioneiros exercem um papel emocional e político crucial na cultura palestina. Virtualmente toda família já foi tocada pelo encarceramento, dizem os especialistas, e há um senso visceral de fidelidade às pessoas vistas como sofrendo pelos direitos da comunidade maior. Os prisioneiros são altamente organizados e influentes até mesmo do lado de fora.
“Há uma verdadeira transformação na forma como os prisioneiros estão atuando - desta vez, as pessoas estão dispostas a morrer”, disse Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, em uma recente entrevista. “Veja, os palestinos podem estar quietos por ora, mas eles podem explodir. Há uma crescente percepção de que uma resistência não violenta obtém resultados.”

Greve de fome por prisioneiros palestinos não é uma tática nova. Segundo o Projeto de Solidariedade Palestina, a tática foi usada pela primeira vez na prisão de Nablus, em 1968, e foi repetida pelo menos 15 vezes desde então, com três homens morrendo ao longo dos anos. Qadura Fares, o chefe do Clube dos Prisioneiros Palestinos, disse que em 2004 virtualmente todos os palestinos mantidos em prisões israelenses participaram de uma greve de duas semanas, e que o maior número já registrado foi 11 mil prisioneiros em 1992.

“Esta é a última arma”, disse Aziz sobre a greve. “Se algum prisioneiro perder a vida, nem Israel e nem a Autoridade Palestina conseguirão deter o povo palestino.”

Retirada do Site – Instituto Humanitas Unisinos
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/509177-resistencia-palestina-se-volta-para-greves-de-fome 



sexta-feira, 4 de maio de 2012

Falando de cotas e liberdade



“A primeira igualdade é a justiça”
 Victor Hugo

Quando o assunto é igualdade racial a sensação é de censura, uma pauta de discussão que não podemos exercitar. Parece até que somos proibidos de falarmos da sensação que não somos todos ‘’iguais’’. Trata-se de uma irreal sensação de igualdade que cenicamente outros tantos querem evidenciar.

Porém, as distorções e desproporções que existem no Brasil são notórias, principalmente quando o assunto é a oportunidades de ingresso no ensino superior. Em um universo de 190 milhões de brasileiros, 58,3% se afirmam negros ou pardos, porém quando olhamos para as universidades apenas 2% dos alunos matriculados se afirmam negros.

Dados tão alarmantes são consequências de uma história escrita por senhores de engenho, sempre tão ingratos com essa nação de pele negra que chamam de brasileiros, mas para os quais o Brasil sempre virou as costas.

Este povo que representa a “cara” do Brasil, uma expressão fortíssima ao nosso país, são os mesmos que foram roubados de uma realidade existencial, cultural e religiosa para serem lançados á própria sorte, ao bel prazer da “liberdade”.

Livres? Não, libertos! Simplesmente soltos, como se fossem animais que estavam em jaulas e agora lhes é ofertada uma suposta “liberdade”. Uma “liberdade” sem condições, disputando a sobrevivência com aqueles para os quais toda a lógica possível da sociedade funcionou ao longo dos anos.

Temos assim, ainda hoje, os netos de colonizadores que estudam nas melhores escolas da Europa, da América ou do Brasil (tanto faz agora é tudo globalizado), competindo contra os netos “libertos da senzala” que se perguntam diariamente: Como posso competir assim? Estamos mesmo em condições de igualdade? Eu sou mesmo livre?

As cotas não reduzem as diferenças sociais e econômicas entre negros e brancos, mas possibilitam que tal parcela da população alcance uma universidade, fato que há alguns anos (e mesmo hoje em dia) era sequer cogitado por uma grande parcela da população afrodescendente.

Sou negro, de nome Abimael Lima Santos, 22 anos e 04 meses de vida completos, socialista, acadêmico de direito, acreano natural de Cruzeiro do Sul, coordenador nacional do Fórum de Juventude Negra
coordenador da Rede Amazônia Negra/Acre, Coordenador da CONEN/ACRE, militante do Movimento Negro e do Partido dos Trabalhadores.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A HORA CONTINUA SENDO ESTA



Precisamos continuar discutindo os rumos de Rio Branco, para que ela continue avançando de forma participativa e coordenada. POLÍTICA PÚBLICA deve ser sinônimo de compromisso e cidadania, faltar a esta possibilidade da participação é tirar o direito de quem dela depende e negar a sua capacidade de contribuir.

Temos uma porta aberta através da FPA, devemos entrar e fazer morada. Devemos inclusive, usar dos espaços que estão sendo criados para aperfeiçoar as nossas ações, mas não esqueçamos de que ela é a possibilidade.

Os representantes sabem e fazem questão de sustentar isto. Tem falhas? Sim. Mas têm um desejo constante de corrigi-las. Nem sempre acontece no tempo das nossas necessidades imediatas, mas acontecem com base nos planos desenhados e dos sonhos de muitos. Nossa Meta, portanto é: ter um sonho a seguir e a coragem de realizá-lo. Vamos sonhar juntos? Este é o caminho das possibilidades.

Desafios encontraremos, sobretudo aqueles implantados por pessoas que querem romper com o fio condutor da história e instaurar outras vias pouco seguras, que deixam em risco o desenvolvimento da NOSSA cidade, pelo bel prazer da disputa de poder pelo poder e pela comprovada incapacidade de gerenciar com o desprendimento necessário e sem o apego as estruturas do Estado.

Ser da FPA é querer uma história de conquistas, estrategicamente pensadas para a sociedade, nos limites da capacidade e com a coragem de um leão que ruge e de um elefante que docilmente caminha, pisando firme com a certeza de que os passos não têm o objetivo de esmagar ninguém, mas sim, o de deixar boas marcas. 

Existe um legado, um bom legado. Existe uma militância, uma ótima militância. existe a ideologia que nos une: a de uma sociedade melhor. 

Juventude, Mulheres, todos, unamos. Com a cabeça erquida, com um planos bem construído e com um sonho no coração, vamos à LUTA.

Evandro Luzia 
Ele não foge a luta!