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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Revolução do Seculo XXI


Estamos no século 21 o sistema vem crescendo e dominando cada dia mais nossas vidas, a apatia vem se alastrando sobre a sociedade e dominando as pessoas muitas vezes da forma mais sutil.
O sistema capitalista tira o sorriso de muitos, e derruba os grandes sonhos de revolução, não vemos mais os jovens aguerridos, que lutam contra tudo e todos, que dão suas vidas por mais igualdade, mais direitos, por mais liberdade.
Acreditamos que um dia tudo isso possa mudar, por crermos em sonhos, e por sonhar que podemos viver em uma sociedade mais digna, onde os indivíduos sejam vistos como sujeito de mudanças, onde os donos do mundo sensibilizem-se com a luta dos excluídos.
Sabemos que muitas coisas já mudaram que as dificuldades não são mais as mesmas. Na era da tecnologia em que vivemos, tudo acontece em segundos, podemos nos comunicar com pessoas em qualquer lugar do mundo, com um simples click, mas também temos a dificuldade de reunir pessoas em torno de causas. As armas que usamos para nos defender hoje são as mesmas que usam para nos destruir.
Mais ainda podemos acreditar nas mudanças, e vemos na juventude organizada a esperança para mudar essa realidade, estamos no caminho certo.
Muitas bandeiras de luta foram conquistadas no decorrer dos anos, e devemos lutar para que muitas mais sejam. Hoje ainda encontramos jovens que sonham, que acreditam em um novo mundo, que lutam por mais igualdade, por mais oportunidade, e isso nos deixa esperançosos.
Acredito que nos jovens no futuro, vamos sentar olha para traz e dizer: EU ESTIVE ALI, eu LUTEI para que aquilo EXISTESSE, e poderemos GRITA, eu ajudei esse mundo a MUDAR.

Pedro Negreiros
  Militante do Movimento Rebeldia Vermelha

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Juventude e seu novo panorama

Dentro de uma perspectiva macro na Amazônia, a juventude acriana foi a que passou por transformações mais evidentes, seja ela do ponto de vista organizacional, seja da forma de interação com as demais parcelas da sociedade. Nos últimos doze anos a realidade do estado sofreu uma drástica reviravolta, saímos de um marasmo evolutivo e obscuro, e passamos a viver uma realidade em que se é possível sonhar.


Fomos nós, a juventude, que tivemos o papel fundamental em todo esse processo, com a oportunidade de nos fazermos protagonistas desse promissor horizonte, organizamo-nos em conselhos (que em sua grande maioria foram criados após o advento da esquerda ao poder), nas igrejas, associações de bairro, partidos políticos, agremiações estudantis, entre outros. Porém, ao contrário das gerações passadas, nossas bandeiras são outras, não só pela consolidação das conquistas de outrora, mas principalmente, somos os responsáveis pelo planejamento das ações de governo que queremos.

De fundamental importância para que façamos uma análise da conjuntura atual, precisamos salientar o valor que tem a delegação de demanda aos jovens pelas gerações passadas, e o anseio por elas de nossa parte, criando uma via de mão dupla, entrelaçando de forma consistente essa transição de panoramas.

Com o governador Jorge Viana, nos apoderamos das ferramentas necessárias para revolucionar a sociedade a partir da base, como bem prega a esquerda desde sua essência até contemporaneidade. Um dos primeiros passos dados foi com criação da Secretaria Extraordinária de Juventude junto com o Conselho Estadual ainda no primeiro mandato do ex-governador, na Prefeitura do Professor Raimundo Angelim criamos a Coordenadoria Municipal de Juventude e o Conselho Municipal, e fomos protagonistas no Brasil inteiro, como o primeiro município com lei sancionada que cria o Plano Municipal de Juventude, experiência esta que estamos levando não só para o Brasil, onde seremos destaque na Conferência Nacional de Juventude, como somos referência para algumas partes do mundo.

No cenário nacional estamos vivendo um momento ímpar na história do país que é a aprovação do Estatuto da Juventude. Esse é um marco transformador da realidade do jovem, que o inclui nas diretrizes de Políticas Públicas e regulamentação de direitos, e irá beneficiar a quase 50 milhões de brasileiros. O documento institucionaliza direitos como a meia-entrada em eventos culturais e esportivos; universalização do Ensino Médio gratuito, incluído o turno da noite; 50% de desconto no transporte público, inclusive para viagens interestaduais; criação de linha de crédito para jovens empreendedores; entre outras medidas ligadas a educação, saúde, meio ambiente e etc; mas o principal ponto da lei é a criação do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve), acordo entre União, Estados e Municípios para que de fato sejam implementadas essas políticas de juventude.

Nós, jovens, não precisamos de políticas públicas assistencialistas, com soluções localizadas, mas que sejam sim, globais, articuladas em todos os setores de governo, trazendo serviços de qualidade e integrando a juventude como parte essencial para construção de um novo Brasil.

Todos esses avanços nas diferentes esferas de governo somente são possíveis por termos um governo que estendeu suas mãos, não para tutelar, mas para emancipar e, com isso, termos condições de conquistar o espaço na sociedade em que somos vistos não mais como o futuro, mas precursores do desenvolvimento pleno, com sustentabilidade, melhor distribuição de renda, igualdade de oportunidades, pluralidade e autossuficiência.

Sabemos que políticas públicas de/com/para a juventude podem não trazer grandes resultados imediatos, mas, a longo prazo, todo investimento refletirá nas mais diferentes faixas-etárias criando um fortalecimento da sociedade civil. Não podemos retroceder, voltar ao tempo em que tínhamos vergonha do lugar onde vivíamos, em que não podíamos nos expressar, em que não se tinha escola pública de qualidade, ruas pavimentadas, iluminação e outros serviços urbanos básicos, em que vivíamos o medo.
Abramos bem os olhos. Na política, ser novo não é ser o diferente, ser novo é ter a capacidade de transmutar-se conforme as necessidades de inovação.


Roraima Rocha é militante do Partido dos Trabalhadores e faz parte da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB).
Juventude do Partido dos Trabalhadores - JPT

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A UTILIZAÇÃO INCESSANTE DE GUERRAS CONTINUA SENDO AINDA HOJE A MAIOR ARMA DO CAPITALISMO PARA A SUA MANUTENÇÃO EM PERÍODOS DE CRISE.



Arrochos financeiros, enxugamento de maquinas publicas, aumentos de juros, e ajuda financeira com dinheiro publico a instituições multilaterais, é apenas a menor parcela da ajuda dada aos apelos inaudíveis postos pelo capitalismo moderno. A instituição da guerra responde sempre como a estratégia mais solida desse modelo de sociedade, pautado na exploração do homem pelo homem no lucro desmedido e na expansão dos mercados consumidores.
Desde a fundação da sociedade, período impossível de se datar, a guerra sempre foi um mecanismo de expansão territorial, naquele período essa expansão tinha uma visão exclusivamente geográfica, ou seja a área de influencia de um Estado, Nação, Tribo ou família era delimitada pela fronteira que limitava seu domínios físico. Com a modernização da sociedade e das relações humanas as fronteiras físicas passam a não ter mais o mesmo peso, pois surge no mundo a figura das fronteiras político-econômicas, onde a área passa a ser delimitada não por marcos físicos, mas pela capacidade de influir em um território mesmo não possuindo a posse física.
O capitalismo como modelo de sociedade reagiu da mesma forma aos processos de modernização de sociedade, passando da busca pelo controle físico para o controle político econômico dos territórios.
Essa relação fica clara quando observada a influencia que instituições multilaterais como o FMI (a serviço do neoliberalismo capitalista estadunidense) tem sob países ditos subdesenvolvidos, onde esta instituição sob pretexto da manutenção de uma instabilidade econômica global, institui políticas financeira de diminuição de investimento em áreas sociais, facilitando a desregulamentação de economias para a introdução de indústrias e empresas multinacionais nessas nações.
Essa capacidade de intervenção do capitalismo sem fronteiras não se dá apenas no âmbito da imposição de políticas econômicas, pois em estados onde a democracia capitalista não impera são necessárias outras intervenções de cunho armado como é o caso do Iraque e mais recentemente da Líbia
Observa-se hoje a proliferação de forças militares, o braço armado dos estados capitalistas, em territórios do mundo árabe, sob a égide de argumentos como a mistura que os regimes políticos fazem com a religião, que tem fortes ligações com as decisões do Estado, e a democracia que segundo o mundo ocidental não existe nesses territórios, porém esse não é o tema central, quando se pensa o porque das intervenções armadas em países do mundo árabe, uma analise fria mostra que países como a Arábia Saudita, que possuem os mesmos pseudo-s problemas não sofrem as mesmas intervenções,a resposta para esse dilema encontra-se escondida na seguinte questão “quais os países que estão inseridos no mercado mundial do petróleo como aliado do ocidente”, para o capitalismo indefere qual o sistema político, qual o modelo de democracia, se existe ou não direitos para humanos no Estado, o que o guia é quem está do seu lado.
Assim as intervenções armadas surgem como ferramenta de expansão, que tem sido estimulada pela corrida do ouro negro, apoio a tropas rebeldes exigem muito mais do que simples agradecimentos públicos, mas a certeza de um mercado aberto para o mundo ocidental. Alem da obvia necessidade que as industrias bélicas possuem do instrumento da guerra para a manutenção de um mercado consumidor de mortes e genocídios civis.
Com isso os exércitos desviam recursos orçamentários com fins sociais (saúde, educação, moradia, transporte, etc.) para pagar os que têm como tarefa única e exclusivamente matar, enriquecendo os fabricantes e mercadores de armas. Os enormes lucros criados pela manutenção e desenvolvimento das forças armadas são parte integrante do sistema de desenvolvimento capitalista, do imperialismo e da repressão social. Estes exércitos criam uma cultura de virilidade, violência, sexismo, nacionalismo e sacrifício inútil de vidas, ingredientes não divulgados, mas que dão ao capitalismo o tempero consumido por todas as nações.
Retirado do  blog sociedadeestranha.blogspot.com 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Os limites da campanha contra a corrupção



Ao repelir a política, as manifestações contra a corrupção jogam uma cortina de fumaça no problema real e não incidem sobre as disputas em curso que podem atacar a farra nos cofres públicos. E recebem amplo destaque de uma mídia que não está muito interessada em desvendar as causas da corrupção.

As comemorações de Sete de Setembro foram marcadas, em meia centena de cidades brasileiras, por protestos contra a corrupção. É algo muito positivo. Ninguém tem de se conformar com os constantes roubos e desvios de verba que fragilizam os orçamentos públicos e fazem a festa de dirigentes políticos, altos funcionários e empresários amigos. Corrupção é um tema incendiário. Provoca indignação, raiva e um sentimento de apodrecimento generalizado das instituições políticas. 
No entanto, as manifestações foram frustrantes.
Baixa adesão - Convocadas pela internet, em especial pelas redes sociais, os protestos tiveram pouca adesão em relação às expectativas dos ativistas virtuais. Em Brasília, eram esperadas 26 mil pessoas que confirmaram participação via Facebook. Os números divergem. O jornal O Estado de S. Paulo fala na participação de 25 mil, a Folha destaca a adesão de 12 mil e André Barrocal, aqui na Carta Maior, aponta que ,em seu início, o protesto reunia duas mil pessoas. Em São Paulo, das 21 mil aguardadas, apenas 700 apareceram para se manifestar na avenida Paulista. Não se propõe aqui discutir a convocação de eventos coletivos através de laptops, smartphones, tablets e computadores de mesa.
O problema principal das marchas não é a baixa adesão, mas a diretriz que têm adotado. 
Ativistas do PT, do PSDB, do PSOL, do PSTU e do PCdoB que tentaram abrir faixas e bandeiras de suas agremiações foram hostilizados. Alguns dos incentivadores das passeatas alegam que isso macularia seu tom apartidário. Há um viés nesse tipo de movimento, de considerar a corrupção algo inerente ao mundo político. Bingo! Se o caso é esse, neguemos a política!  Aí os problemas se escancaram.
Udenismo - As campanhas pela lisura no trato da coisa pública, como se falava em outros tempos, têm história no Brasil. É uma bandeira social mais do que justa. Mas em várias ocasiões foram desfraldadas pela direita, que sempre tentou dar ao problema uma conotação apenas moralista e não como parte das disputas de interesses na sociedade e da influência que grupos empresariais têm junto ao poder político. A União Democrática nacional (UDN), por exemplo, partido conservador existente entre 1945 e 1964, notabilizou tanto a prática, que o termo “udenismo” passou a classificar o moralismo estéril contra a corrupção. Descolados do mundo real, roubos, desvios, favorecimentos e comportamentos assemelhados viram uma questão da honestidade pessoal de cada um, da existência ou não de homens e mulheres de bem, lastreados em sólidos valores morais na gestão do Estado. Há uma simplificação quase infantil nisso e algumas decorrências perversas. A simplificação está em se dividir o mundo entre pessoas de bem e gente do mal, como nos filmes de aventura. As decorrências estão, em primeiro lugar, em achar que a corrupção é um problema dos indivíduos que estão a cargo dos negócios do Estado, algo de natureza privada. E segundo, a corrupção passa a ser visto como efeito sem causa, uma coisa ligada à metafísica. Existe o político que se vende, mas não existe comprador ou corruptor. O empreiteiro ou banqueiro que azeitou engrenagens da máquina pública com dinheiro farto raramente aparece. Se aparece, não é indiciado. Nessa querela, vence o melhor. O melhor advogado, geralmente o mais caro. O trato moralizante no combate à corrupção simplifica o problema. Trata desvios como questões de foro íntimo e do caráter de cada um. Para combater a corrupção não seria necessário mudar nada. Apenas trocar as pessoas desonestas por indivíduos honestos e botar os corruptos na cadeia. O mundo como ele é, as desigualdades sociais, as relações de poder e tudo o mais podem seguir adiante.
Público e privado - O corruptor, na maioria dos casos, não faz parte da esfera pública, mas da vida empresarial, logo privada. Como dinheiro privado é da conta de cada um – não se pergunte de onde veio – não há nada a condenar. Daí os raríssimos casos de empresários e banqueiros julgados por terem participado de esquemas suspeitos envolvendo o poder público. Há uma lógica liberal nisso tudo. A corrupção no aparelho de Estado é condenada, mas sua equivalente no mundo privado, não. É bom lembrar que um dos argumentos para a desbragada venda de estatais nos anos 1990 era o fato de elas serem foco de corrupção, o que, deduzia-se, não ocorreria em empresas privadas, movidas pela eficiência e busca de resultados. Na dinâmica simplista, a corrupção é algo característico dos “políticos” e própria do Estado. Quanto menos “políticos” e quanto menos Estado, menos corrupção. Assim, nada mais lógico que partidos – organismos “políticos” próprios para a disputa do poder de Estado – sejam expulsos das marchas. É bom sempre lembrar que uma das ideias disseminadas na época do golpe de 1964 foi a de que colocar as forças armadas no comando do governo evitaria sua contaminação pela política e pelos “políticos”.
Financiamento privado - O principal fator de corrupção na área pública reside no financiamento privado de campanhas. O funcionamento básico é conhecido: empresas (bancos, empreiteiras, agências de publicidade e outras que prestem serviços ou forneçam materiais ao Estado) fazem polpudas doações a candidatos antes das eleições. Estes, eleitos, devolvem o favor na forma de vultosos contratos, que quase sempre demandam aditamentos e complementações orçamentárias. Muitas vezes, um administrador sequer precisa fazer planos de governo ou de investimentos. As empresas já apresentam projetos, que são materializados em obras de infraestrutura de duvidosa necessidade ou inexplicáveis alocações de recursos. Alguns dos que mais vociferam contra a corrupção – imprensa, empresários e políticos conservadores – são contra o financiamento público de campanha. Seria uma medida saneadora. A alegação é que dinheiro público não pode alimentar gastança de candidatos. Trata-se de uma cortina de fumaça. O financiamento público, além de representar um gasto menor diante das negociatas viabilizadas pela troca de favores entre empresas e governos, estabeleceria o fim das campanhas milionárias e a disparidade que leva os mais ricos a terem melhores chances nas disputas. Seria também o fim do caixa 2 e dos “recursos não contabilizados”.
Rejeição no Senado - Como se sabe, O PL 268, que estabelecia o financiamento público foi rejeitado no final de agosto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Os que impediram a tramitação da matéria são os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Pedro Taques (PDT-MT), Francisco Dornelles (PP-RJ), Sérgio Petecão (PMN-AC), Alvaro Dias (PSDB-PR), Demóstenes Torres (DEM-GO), Armando Monteiro (PTB-PE), Ciro Nogueira (PP-PI) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). São alguns dos mais alardeiam casos de corrupção existentes no governo. Continuarão a demonstrar indignação nas telas de TV e páginas de jornais. Mas se opuseram à criação de um mecanismo que teria consequências devastadoras contra a promiscuidade público-privada (PPP) na administração pública. Não resolveria o problema, mas seria um bom começo. Tal comportamento encaixa-se perfeitamente ao tom despolitizado das marchas do Dia da Pátria. Desmembra-se o efeito da causa, faz-se muita espuma e daí nada. Ao repelir a política, as manifestações jogam uma cortina de fumaça no problema real e não incidem sobre as disputas em curso que podem atacar a farra nos cofres públicos. E recebem amplo destaque de uma mídia que não está muito interessada em desvendar as causas da corrupção.


Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de “A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).

Retirado do SITE - http://www.cartamaior.com.br 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ética Para a Nova Era



Por Leonardo Boff

Nenhuma sociedade no passado ou no presente vive sem uma ética. Como seres sociais, precisamos elaborar certos consensos, coibir certas ações e criar projetos coletivos que dão sentido e rumo à história. Hoje, devido ao fato da globalização, constata-se o encontro de muitos projetos éticos nem todos compatíveis entre si. Face à nova era da humanidade, agora mundializada, sente-se a urgência de um patamar ético mínimo que possa ganhar o consentimento de todos e assim viabilizar a convivência dos povos. Vejamos, sucintamente, como na história se formularam as éticas.

Uma permanente fonte de ética são as religiões. Estas animam valores, ditam comportamentos e dão significado à vida de grande parte da humanidade que, a despeito do processo de secularização, se rege pela cosmovisão religiosa. Como as religiões são muitas e diferentes, variam também as normas éticas. Dificilmente se pode fundar um consenso ético, baseado somente no fator religioso. Qual religião tomar como referência? A ética fundada na religião possui, entretanto, um valor inestimável por referi-la a um último fundamento que é o Absoluto.

A segunda fonte é a razão. Foi mérito dos filósofos gregos terem construído uma arquitetônica ética fundada em algo universal, exatamente na razão, presente em todos os seres humanos. As normas que regem a vida pessoal chamaram de ética e as que presidem a vida social chamaram de política. Por isso, para eles, política é sempre ética. Não existe, como entre nós, política sem ética.

Esta ética racional é irrenunciável mas não recobre toda a vida humana, pois existem outras dimensões que estão aquém da razão como a vida afetiva ou além como a estética e a experiência espiritual.

A terceira fonte é o desejo. Somos seres, por essência, desejantes. O desejo possui uma estrutura infinita. Não conhece limites e é indefinido por ser naturalmente difuso. Cabe ao ser humano dar-lhe forma. Na maneira de realizar, limitar e direcionar o desejo, surgem  normas e valores. A ética do desejo se casa perfeitamente com a cultura moderna que surgiu do desejo de conquistar o mundo. Ela ganhou uma forma particular no capitalismo no seu afã de realizar todos os desejos. E o faz excitando de forma exacerbada todos os desejos. Pertence à felicidade, a realização de desejos mas, atualmente, sem freios e controles, pode pôr em risco a espécie e devastar o planeta. Precisamos incorporá-la em algo mais fundamental.

A quarta fonte é o cuidado, fundado na razão sensível e na sua expressão racional, a responsabilidade. O cuidado está ligado essencialmente à vida, pois esta, sem o cuidado, não persiste. Dai haver uma tradição filosófica que nos vem da antiguidade (a fábula-mito 220 de Higino) que define o ser humano como essencialmente um ser de cuidado. A ética do cuidado protege, potencia, preserva, cura e previne. Por sua natureza não é agressiva e quando intervém na realidade o faz tomando em consideração as consequências benéficas ou maléficas da intervenção. Vale dizer, se responsabiliza por todas as ações humanas. Cuidado e responsabilidade andam sempre juntos.

Essa ética é hoje imperativa. O planeta, a natureza, a humanidade, os povos, o mundo da vida (Lebenswelt) estão demandando cuidado e responsabilidade. Se não transformarmos estas atitudes em valores normativos dificilmente evitaremos catástrofes em todos os níveis. Os problemas do aquecimento global e o complexo das varias crises, só serão equacionados no espírito de uma ética do cuidado e da responsabilidade coletiva. É a ética da nova era.

A ética do cuidado não invalida as demais éticas mas as obriga a servir à causa maior que é a salvaguarda da vida e a preservação da Casa Comum para que continue habitável.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Opinião - O sucesso de uma política de inclusão socia


Contrariando a cartilha neoliberal, que aconselhava o aperto monetário e o corte dos programas sociais, os Governos de Lula e Dilma acertaram quando resolveram investir em programas que possibilitaram a inserção social e a melhoria do padrão de vida de milhões de brasileiros.
Faço um elogio às conquistas destes Governos pelos bons indicadores sociais, reflexo da implementação corajosa de suas políticas de inclusão. Eles tiveram a coragem de contrariar a determinados dogmas de pensadores e de governantes que trilhavam unicamente o caminho da exclusão e do exílio de milhões de brasileiros, deixando-os à margem da economia, da política e da cidadania.
Em nossos governos a maior conquista na área social foi a inclusão de mais pessoas a cada ano no mercado de consumo. Segundo dados da FGV a classe E composta por pessoas que vivem com até R$ 804,00 mês, ou que vivem abaixo da linha de pobreza; em 2003 eram 30 por cento dos brasileiros, hoje são apenas 18%. Uma redução em 40% do número de pessoas que viviam em pobreza extrema, no Brasil.
Para a classe D, que é composta por pessoas que vivem com renda entre R$ 804,00 e R$ 114,00 também houve uma melhora: em 2003 eram 16,3%, hoje são apenas 13,5%. Foram 16% dessas pessoas ascenderam na pirâmide social.
A redução da quantidade de pobres no Brasil não se deu pelo extermínio nem pelo exílio, os brasileiros ficaram no país e o reflexo na melhora é o crescimento no número de pessoas que ascenderam à classe média: Em 2003, a claase C era composta por 42% dos brasileiros, hoje são 53%.
E para mostrar que nosso governo não é bom somente para os pobres a quantidade de ricos também aumentou em nosso país: em 2003 as classes A e B correspondiam a 11,12% dos brasileiros, hoje as duas classes juntas equivalem a 15,08%.
Dados da FGV e da pesquisa PNAD (IBGE), tomando por base 2001 até 2009: podemos afirmar que entre 2001 e 2003, houve um aumento na quantidade de pobres no Brasil, quando a partir de 2003 essa curva se inverte segue a mesma tendência calculada pela FGV.
A taxa de desemprego no Brasil nunca esteve tão baixa. Ha quanto tempo era para nós um sonho uma taxa de desemprego de apenas um dígito? Hoje, além de um dígito, ela está em torno de 6%, enquanto taxa de desemprego nos Estados Unidos e em média para os países da União Européia está por volta de 9%.
A política de valorização do salário mínimo contradiz aqueles que consideram danoso para a economia uma valorização real do salário, sob pena de gerar inflação e desemprego, ao contrário disso, o desemprego tem diminuído, a inflação está relativamente sob controle e a economia cresce. Nesses últimos oito anos a valorização nominal do salário mínimo foi de 237,7%.
Além disso, enquanto cresce em números absolutos a população empregada no Brasil e cai a utilização de mão de obra infantil para números estatisticamente pequenos, em 2002, segundo dados da PNAD mais de 5% da mão de obra era de crianças entre 10 e 15 anos, enquanto hoje se observa apenas 1,36%. E tenho certeza que a meta do governo é levar essa estatística a zero.
Registre-se que os jovens estão entrando mais tarde no mercado de trabalho. Isso permite que mais crianças e jovens estejam em sala de aula, não sendo obrigados a largar ou reduzir o tempo de estudo para ir à luta pela sobrevivência no mercado de trabalho.
A taxa de analfabetismo caiu em 10 anos, entre 1999 e 2009 de 13,3% para 9,6%. No mesmo período, para crianças entre 10 e 14 anos caiu de 5,5 para 2. A escolaridade média dos brasileiros acima de 25 anos subiu de 5,7 anos para 7,2 anos. Isso são evidências bem objetivas para um país que quer crescer. E a educação é condição cinequanon para atingir a esse objetivo.

Ideologias, Estado e Governo

Por quase dois séculos, a esquerda no mundo todo pregou o pensamento Marxista sobre a divisão da sociedade em classes sociais. Essa divisão apontando para as classes Burguesa e Operária representam a luta constante entre o Conservadorismo e a Revolução, tal antagonismo inconciliável determina por si só a forma de Governo e de Estado.

Operários, Camponeses, Classe Média e outros setores da sociedade apostaram em Lula para presidir o Brasil por duas vezes e agora na Presidenta Dilma, que espero ser este seu primeiro mandato. Esta decisão vai além de um bom governo, ela aponta também para uma mudança na estrutura de Estado.
A elite brasileira que domina nosso país por séculos, deixando milhões de brasileiros à margem da economia e também da política, sabe que tal situação não poderá mais perdurar. O atraso econômico, a submissão política, o subdesenvolvimento entre outras mazelas deverão ser coisas do passado e apenas registro nos livros de história.
Temos ainda 17 milhões de brasileiros vivendo em condições sub-humanas, mas a Presidenta Dilma já lançou um conjunto de medidas para ainda neste mandato zerar este problema, garantindo vida de qualidade para todos indistintamente. O principal programa do nosso governo é o “Brasil Sem Miséria” que já está em implantação.
Nossa economia cresce, as contas públicas estão bem gerenciadas, a inflação está sob controle, cresce a industria, a agricultura, a escolaridade dos jovens, o respeito nacional frente ao mundo, pagamos o FMI, estamos fortalecendo o Mercosul, a Unasul e outras alternativas comerciais e muitas outras ações de sucesso em todo o território nacional.
Caminhamos a passos largos na direção da justiça para todos, da igualdade racial, superando o preconceito de cor, gênero e credo, queremos a segurança, a igualdade de direitos, e a plena cidadania.
Nosso trabalho não se limita a aumentar a renda e o pão na mesa dos mais necessitados, o povo não quer só comida, o povo quer também participar das tomadas de decisão, quer opinar o povo quer o poder! Portanto, nosso trabalho é também e acima de tudo a construção de um projeto social, é POLITICO.
Dessa forma, entendo que o Partido dos Trabalhadores, os partidos da coalizão de governo tem a tarefa de pensar, elaborar, propor e disputar os ideais, sonhos e as políticas públicas na sociedade e nas organizações de Estado e de governo para conduzir o Brasil como um país rico, feliz, fraterno e solidário.
O povo brasileiro, o povo das nações do hemisfério Sul, quer agora seu espaço na mesa que se Deus quiser, estará cada vez mais farta. A mesa retangular para a comida e a mesa redonda para as tomadas de decisão política.
Sibá Machado – Deputado Federal PT/Acre

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Uma nova geração para o PT governar os municípios

Nas eleições municipais de 2012, o PT precisa incluir a importância dos jovens, como o ex-presidente Lula já havia pedido no final de 2010 em reunião com a Executiva Nacional, nas agendas e resoluções do partido.
Precisamos demarcar que a quantidade inédita de jovens na população do Brasil, a maior da história, deve ser central para as políticas do governo Dilma, e inclusive já conseguimos emplacar uma jovem petista à frente da Secretaria Nacional de Juventude, companheira Severine Macedo, mas já é hora do PT pensar também que é no município que os 52 milhões de jovens brasileiros que podem potencializar nosso crescimento econômico com distribuição de renda desenvolvem a sua trajetória pessoal. E serão neles que a nossa população começará a envelhecer, ter mais gente sustentada pelo estado do que produzindo, previsto para 2020/2030.
Por isso, é urgente formular políticas específicas para as cidades e territórios, para além dos convênios com ações, projetos e programas de âmbito federal.
É nos municípios, os jovens demandam equipamentos públicos para o esporte, cultura e lazer, para terem um tempo livre saudável e propício às experimentações características dessa fase da vida, sem a qual não podem planejar sua vida.
É nos municípios que os jovens, destacadamente os das favelas, baixadas e periferias, encontram graves entraves à sua mobilidade para o estudo, trabalho e lazer.
É nos municípios, com suas especificidades que acontece o extermínio da juventude negra e pobre e a violenta homofobia que estampa o grande noticiário. É no município que as jovens mulheres engravidam, outros se drogam e caem no crime e a depender do porte, moral e economia da cidade conseguem ou não retornar a uma vida social digna.
O Mapa da Violência, que abarca principalmente jovens, que são os maiores cometedores e vítimas de violência e mortes por causas externas, se alguém se dedicar e ler com delicadeza, para além de percentuais, é dividido exatamente por...Municípios.
Os grandes investimentos públicos e privados prioritários que a atual geração demanda não se materializam nos rendimentos das bolsas de valores, mas em obras e serviços construídos em cidades.
Para ficar só nesses exemplos.
2012 é um ano eleitoral que favorece candidatos mais de base, lideranças de movimentos sociais, comunitários. Portanto, é uma oportunidade para promover o processo de renovação dos quadros e lideranças do PT, promover as novas gerações que dirigirão o partido. Nossas grandes e valorosas lideranças já tem 60 anos, são os fundadores do PT, tem uma renovação importante que precisa ser valorizada e preparar já os que estão vindo, os jovens de hoje do PT, que tem mostrado capacidade de assumir o partido e que tem pensado os grandes temas do Brasil.
Temos hoje um percentual grande votos para deputado, temos a presidência da república e temos estados e grandes cidades, então o maior desafio agora é se enraizar nos municípios. Com os votos que o PT tem e a nova base social surgida pelo crescimento econômico, Bolsa-Família e aumento do salário mínimo, não dá mais para não sermos os mais expressivos em número de prefeituras.
Para dar conta disso, é fundamental que o PT invista em candidatos jovens às câmaras municipais e prefeituras em 2012, pois só o investimento em novas lideranças conseguirá gerar a capacidade do partido em governar milhares de pequenas e médias cidades Brasil a fora, ampliando o leque de dirigentes, parlamentares e gestores municipais.
Em todo ano eleitoral municipal uma grande quantidade de jovens se apresenta para se lançar à vereança ou às prefeituras e na maioria das vezes não obtêm apoio ou sequer são levados a sério, desperdiçando centenas de lideranças.
Por todas as questões relacionadas, acredito que não tem mais como a juventude passar por invisível nos debates, reuniões e encontros que o PT organizará com os diretórios municipais e zonais, além de prefeitos e vereadores para planejar sua participação nas eleições de 2012.


Valdemir Pascoal Secretário Nacional de Juventude do PT

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Que Aprendimos e o Ensinamos - 1959

Hoje dia 26 de julho onde lembramos o 58º aniversário dos assaltos aos quartéis Moncada, publicamos aqui uma carta escrita por "Che" no ano de 1959, para que possamos ler e refletir, acerca do processo de contrução de uma sociedade, verdadeiramente socialista!

No mês de Dezembro, mês do Segundo Aniversário do desembarco do "Granma", convém dar umha olhadela retrospectiva aos anos de luita armada e mais à longa luita revolucionária cujo fermento inicial dá-o o 10 de Março, com a congregaçom batistiana, e o seu campanazo primeiro o 26 de Julho de 1953, com a trágica batalha do Moncada. 
Longo foi o caminho e cheio de penúrias e contradiçons. É que no curso de todo processo revolucionário, quando este é dirigido honestamente e nom freado desde postos de responsabilidade, há umha série de interacçons recíprocas entre os dirigentes e a massa revolucionária. O Movimento 26 de Julho, sofreu também a acçom desta lei histórica. Do grupo de jovens entusiastas que asaltárom o Quartel Moncada na madrugada do 26 de Julho de 1953, aos actuais directores do movimento, sendo muitos deles os mesmos, há um abismo. Os cinco anos de luita frontal, dos quais som de umha franca guerra, moldeárom o espíritu revolucionário de tod@s nós nos choques quotidianos com a realidade e com a sabedoria instintiva do povo. Com efeito, o nosso contacto com as massas camponesas ensinou-nos a grande injustiça que entrava o actual regime de propriedade agrária, convencérom-nos da justiça de um cámbio fundamental desse regime de propriedade; ilustrárom-nos na prática diária sobre a capacidade de abnegaçom do campesinato cubano, sobre a sua nobreza e lealdade sem limites. Mas nós ensinamos também; ensinamos a perder o medo à repressom inimiga, ensinamos a superioridade das armas populares sobre o batalhom mercenário, ensinamos, em fim, a nunca suficientemente repetida máxima popular: "a uniom fai a força".
E o camponês e a camponesa alertada da sua força impujo ao Movimento, a sua vanguarda combativa, a proposta de reivindicaçons que se fôrom fazendo mais conscientemente audaces até se plasmarem na Lei nº 3 de Reforma Agrária da Sierra Maestra recentemente emitida.
Na Lei é hoje o nosso orgulho, o nosso pendom de combate, a nossa razom de ser como organizaçom revolucionária. Mas nom sempre fôrom assim as nossas exposiçons sociais; cercados no nosso reduto da serra, sem conexons vitais com a massa do povo, algumha vez crimos que podíamos impor a razom das nossas armas com mais força de convicçom que a razom das nossas ideias. Por isso tivemos o nosso 9 de Abril, data de triste recordaçom que representa no social o que a Alegria de Pio, a nossa única derrota no campo bíblico, significa no desenvolvimento da luita armada. Da Alegria de Pio tiramos a ensinanza revolucionária necessária para nom perder umha só batalha mais; do 9 de Abril temos aprendido também que a estratégia da luita de massas responde às leis definidas que nom se podem burlar nem torcer. A liçom está claramente aprendida. Ao trabalho das massas camponesas, às que temos unido sem distinçom de bandeiras na luita pola posse da terra, acrescentamos hoje a exposiçom de reivindicaçons operárias que unem a massa proletária sob umha só bandeira de luita, o Frente Obreiro Nacional Unificado (F.O.N.U.), com umha só meta táctica cercana: a greve geral revolucionária.
Nom significa isto o uso de tácticas demagógicas como expressom de destreza política; nom investigamos o sentimento das massas como umha simples curiosidade científica, respondemos ao seu chamamento, porque nós, vanguarda combativa dos operários e camponeses e camponesas que vertem o seu sangue nas serras e chairas de Cuba, nom somos elementos isolados da massa popular, somos parte mesma do povo. A nossa funçom directiva nom nos isola, obriga-nos. Mas a nossa condiçom de Movimento de todas as classes de Cuba, fai-nos luitar também polos profissionais e comerciantes em pequeno que aspiram a viver nun marco de leis decorosas; polo industrial cubano, cujo esforço engrandece a Naçom criando fontes de trabalho, por todo home de bem que quer ver Cuba sem o seu luto diário destas jornadas de dor. Hoje, mais que nunca, o Movimento 26 de Julho, ligado aos mais altos interesses da naçom cubana, da sua batalha, sem desplantes mas sem claudicaçons, pol@s operári@s e camponeses e camponesas, pol@s profissionais e pequen@s comerciantes, pol@s industriais nacionais, pola democracia e a liberdade, polo direito de sermos filh@s livres de um povo livre, porque o pam de cada dia seja a dose exacta do nosso esforço quotidiano.
Neste segundo aniversário, mudamos a formulaçom do nosso juramento. Já nom seremos "livres ou mártires": seremos livres, livres pola acçom de todo o povo de Cuba que está rompendo cadeia trás cadeia com o sangue e o sofrimento dos seus melhores filhos. 

Ernesto 'Che' Guevara 1959

¡Gloria eterna a los mártires del 26 de Julio!
¡Viva la Revolución!
¡Viva el Socialismo!

terça-feira, 21 de junho de 2011

JPT COM MUITO ORGULHO

Caros companheiros muitas têm sido as vitorias que a juventude do PT vem galgando nos últimos anos no estado do Acre, demonstrando sua capacidade de ser uma ferramenta modificadora da realidade, tanto no âmbito da gestão da coisa pública como nos movimentos sociais, porém maiores continuam sendo os desafios assim como maior ainda é o sonho de mudanças que guia o coração de cada militante da JPT.
Lutamos e conseguimos a reconstrução do Conselho Estadual de Juventude do Acre (CEJAC), ferramenta crucial para a democratização da gestão e a construção coordenada junto com a sociedade de políticas públicas com a cara da juventude acreana. Criamos, e coordenamos o Conselho Municipal de Juventude de Rio Branco com a mesma prerrogativa do CEJAC, mas que deu passos mais largos, com a construção participativa do plano municipal de juventude de Rio Branco. Conseguimos uma presença massiva na ultima conferência de Juventude, onde juntos pautamos a construção da nova plataforma de políticas de juventude para o Brasil.
Implementamos experiências inovadoras no governo no que tange a políticas de Juventude, tirando a questão da juventude de um patamar periférico e a colocando no cerne do debate, construindo assim não ações de secretarias, mas todo um plano de governo para a Juventude; mais vagas em escolas técnicas, mais recursos em leis de incentivo, inclusão digital, construção de espaços de cultura e lazer, conscientização ambiental, geração de empregos e renda, entre outras são conseqüências diretas da ousadia de pensar a juventude como uma prioridade. Sob a gestão de militantes da JPT a Coordenação Municipal de Juventude de Rio Branco tornou-se referencia nacional em Políticas Públicas de Juventude (PPJ) elevando o nome do Acre a patamares nunca antes esperados.
 Estivemos presentes nos movimentos sociais erguendo a bandeira da diminuição das desigualdades e da afirmação da condição juvenil não apenas como uma questão geracional, mas como uma condição social; Com o movimento estudantil secundarista fomos às ruas, em momentos de crise levantamos a bandeira da Educação como alternativa para o processo de revolução democrática, e gritando por mais financiamento para educação.
Em nossas universidades lutamos todo dia, pela garantia de melhores condições para os alunos funcionário e professores, nós organizamos e construímos bases para edificação de uma universidade que esteja muito além do simples processo de aprendizagem para o mercado de trabalho; Nos campos e florestas estivemos presentes nos STRs e associações debatendo a importância do protagonismo juvenil e da consolidação de um espaço com as mesmas condições que o ambiente urbano permite. Construímos alianças, junto a CUT (central única dos trabalhadores) mostramos à importância de se investir no futuro trabalhador, junto as ONGs afirmando a necessidade de o foco ser o futuro, junto à sociedade impondo que não aceitamos mais que outros direcionem para onde deve ser conduzido nosso país.
Com os sindicalistas fomos às ruas, com os trabalhadores rurais fomos às ruas, pela liberdade fomos ás ruas, pelo melhor para o nosso Estado e nosso país fomos às ruas, pela juventude fomos ás ruas e todos os dias continuamos indo, no coração de cada militante da JPT que não cansa, não descansa em quanto não conseguirmos fazer do Acre do Brasil e do Mundo, uma sociedade realmente socialista, onde todos tenham as mesma igualdades de oportunidades.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Marcha da Liberdade de Expressão e Direitos Humanos

Não somos uma organização. Não somos um partido. Não somos virtuais. Somos uma rede. Somos reais. Conectados, abertos, interdependentes, transversais, digitais e de carne e osso.
Não temos cartilhas. Não temos armas, nem ódio. Não respondemos a autoridades reacionárias. Respondemos aos nossos sonhos, nossas consciências e corações.
Temos poucas certezas. E uma crença: de que a liberdade é uma obra em eterna construção. E que a liberdade de expressão é o chão onde todas as outras liberdades serão erguidas.
De credo, de assembléia, de amor, de posições políticas, de expressão cultural, de orientações sexuais, de cognição, de ir e vir e de resistir. Qualquer um que tenha uma razão para marchar que se junte a nós.
Estudantes e professores marchem pela qualidade da educação; ambientalistas gritem pelas florestas; artistas de rua tragam instrumentos; vegetarianos falem em nome dos animais; gays tragam sua bandeira do arco-íris; devotos de crenças diversas compartilhem seus ideais; filósofos dividam seus pensamentos.
Venham todos a pé, de bicicleta, de skate, patins, perna de pau ou como quiserem. Somos todos cadeirantes, pedestres, motoristas, estudantes, trabalhadores. Somos todos idosos, negros, travestis, indígenas, seringueiros. Somos todos nordestinos, nortistas, brasileiros, bolivianos, peruanos, acreanos, cidadãos. Somos livres.

Mais informações sobre a manifestação que ocorre Brasil a fora marchadaliberdade

No Acre a Marcha acontecerá no proximo sábado dia 18
com saída às 09horas da frente do SEBRAE centro