Páginas

sábado, 22 de dezembro de 2012

Atenção jovem do futuro



 
6 de setembro do ano de 2120, aniversário do primeiro centenário da revolução socialista mundial, que unificou todos os povos do planeta num só ideal e num só pensamento de unidade socialista, e que pôs fim a todos os inimigos da nova sociedade. Aqui ficam somente a lembrança de um triste passado de dor, sofrimento e morte. Desculpem. Eu estava sonhando quando escrevi estes acontecimentos que eu mesmo não verei. Mas tenho o prazer de ter sonhado.
Chico Mendes

Chico Mendes Vive no coração de cada um que acredita em um mundo melhor!
Chico Vive  
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A Vitória de Uma Nova Geração


Carta Aberta ao Partido dos Trabalhadores

As eleições 2012 representam um marco histórico para a juventude do PT no estado do Acre, não em números, dados, mas em sentimentos; Ousamos, lutamos, e fomos além do que nossos olhos conseguiam ver.

Colhemos os bons frutos de uma geração vitoriosa, que tirou nosso estado da condição de periferia de uma nação, e nos elevou a condição de exemplo, modelo de desenvolvimento para um planeta; florestania, desenvolvimento sustentável, povos da floresta, trabalhadores no poder, sempre servindo ao povo de todo o coração!

Semeamos por todo nosso estado um sonho, de que os dias melhores são conseqüência de nosso trabalho; Que não somos um futuro distante, somos o presente, somos o agora. Erguemos nossas bandeiras, suamos a camisa, dividimos o pouco que tínhamos, e multiplicamos em esperança pelos quatros cantos do estado. Vencemos; a vitória de uma nova geração que aponta para construção de uma sociedade melhor;

Sabemos de nossos desafios, nas ruas, nos sindicatos, nas escolas, universidades, nas casas, onde houver um que não saiba, não possa, não tenha, ali estaremos nós, ali está nosso desafio. Devemos ir além. Além dos horizontes, a onde já mais nem um homem ou mulher sonhou em ir, construir o que nunca antes na historia desse estado ocorreu, devemos lutar! Lutar contra o conservadorismo, lutar contra qualquer forma de preconceito, lutar pela igualdade de oportunidades, luta pela liberdade! Devemos ouvir mais, ouvir o grito dos excluídos, os brados de nosso povo, o choro de nossas crianças.

Compreendendo que ainda a muito por se fazer, que o caminho a se trilhar é pedregoso, que as desigualdades ainda devem ser superadas, e que o nosso inimigo não são pessoas, mas sim idéias, arraigadas na cultura capitalista dominante, que buscam perpetuar à desigualdade, a indiferença, a individualidade a exploração do homem pelo homem como algo natural, plausível, aceitável;

Nós dizemos não, não ficaremos parados diante desses desafios, não seremos omissos, não nos calaremos; são os desafios que nos movem, a vontade de mudança acende a chama da revolução que arde em nossos corações, e desperta nosso espírito para a luta.   

Nada ira nos parar, iremos buscar sentimentos, dar re-significação todos os dias para palavras, para sentimentos, ideologias que representam a essência do que somos; companheiros, militantes, socialistas, propagadores do amor, libertários, somos de esquerda, somos petistas e temos orgulho disso!

Juventude do PT – Acre
De Esquerda, Socialista, Democrática e de Massas

Rio Branco, Acre 15 de Dezembro de 2012
Plenária de Avaliação das Eleições 2012, auditório da SEE

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A Construção de Uma Nova Historia


Grandes são as desigualdades que ainda assolam a sociedade brasileira, multiplicam-se os motivos para buscarmos a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, cientes que essa formulação de sociedade passa por um processo histórico, de formação de atores conscientes dos seus papeis dentro da sociedade, e certos que a juventude como futuro próximo e protagonista dessa sociedade, levantamos a discussão acerca da diversidade étnica que é um fator preponderante no Brasil e no mundo, quando a pauta e igualdade.

Vivemos em um mundo onde a variedade de etnias supera com folga o numero de nações, e não podemos relegar o fato de o ser humano não ser uma raça na qual os indivíduos apresentam a mesma aparência e ideologias, mas também não podemos deixar de salutar que somos uma única espécie o homo sapiens sapiens.

Todos os dias somos bombardeados com informações sobre a globalização e sobre a quebra de fronteiras, onde aparentemente caminharíamos para uma sociedade global, mas em contra partida vemos que toda essa integração apregoada por diversos meios de comunicação, não ultrapassa as barreira do mercado financeiro, freqüentes são os abusos cometidos contra indivíduos que não possuem o tipo físico e cultural correspondente aos padrões impostos por essa cultura euro-ocidental, desde as populações ditas tradicionais que são criticadas por seu modo de viver, ate as populações carentes as quais não a e dado o direito de viver.

Inúmeros são os casos que poderíamos citar referentes a essa forma de antropocentrismo, ou etnocentrismo, desde a discriminação a povos indígenas, populações ribeirinhas, referentes a intolerâncias religiosas, e ideológicas, ate o mais animal dos preconceitos que refere-se a cor da pele.

Dentro de um pais como o Brasil onde é vinculado pela mídia que não há essa forma de preconceito vivemos e vivenciamos uma grande mentira, não negamos que varias foram as conquistas obtidas pela população negra dentro dessa nação, que diga-se de passagem foi construída a vários braços dos quais grande parte eram negros, desde a lei áurea ate os dias atuais, mas mesmo dentro dessas conquistas ainda encontra-se arraigado um preconceito em grande parte da população, sabemos que isso é uma conseqüência do modo como foi ocupada e desenvolvida a nação, onde o negro não tinha representação.

Mas certos que foi construído historicamente esse preconceito, e que nunca poderemos mudar o passado, decidimos dar um novo recomeço, e construir historicamente uma nova nação onde o que conta não e a cor de minha pele, ou os trajes que visto, mas onde todos tem as mesma oportunidades.
E nos da juventude não entregaremos nossa nação como a encontramos para a próxima geração, queremos uma sociedade melhor e sabemos que somente juntos seremos capazes de construí-la.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A globalização/uniformização da cultura/monopólio da informação!



Sempre que penso na globalização meus olhos volta-se para a perspectiva de uma imposição de cultura[1], ou manutenção da cultura hegemônica, referindo-me a cultura euro-ocidental. Como essa imposição dá-se por meio de sua replicação, uma das principais ferramentas é a educação formal, dentro da educação ainda temos uma uniformização da realidade, sem um olhar diferenciado para o local, criando-se a imagem de uma igualdade infelizmente artificial.

Todos os sistemas de valores ditados impõem a cultura hegemônica individualista como verdade a ser seguida, traduzida no consumismo desenfreado e na visão das desigualdades sociais como algo normal; tirando do foco fatores como a questão de perspectiva social de vida, oportunidades, criando mitos como “pobre é pobre porque não trabalha”; “se um pobre trabalhar duro pode um dia viver melhor”, mas questões como “por que alguns não precisam trabalhar e já gozam das regalias”? São simplesmente ignoradas!

Esse modelo de uniformização da realidade são pacotes fechados onde não cabem acréscimos e devem ser seguidos a risca, como se a sociedade fosse semelhante a uma receita de bolo, pega-se a historia escrita pelas classes dominantes, acrescenta-se uma pitada de matemática para o individuo calcular o quanto ele está fudid..., um pouquinho de religião para manter o conformismo, geografia para demonstra a importância da dominação humana sobre a natureza, separa-se tudo em porções pequenas, dadas separadamente, pois dentro da sociedade dita globalizada, ainda pensamos a realidade em pedaços, frações de um inteiro, quando na verdade deveríamos ver o inteiro e só depois pensar em tentar fracioná-lo, assim não escondendo nessas frações detalhes que as ligam intrinsecamente.

E a esse individuo, treinado pela sociedade globalizada para replicar o sistema, não lhe é dado o direito de questionar, a chance de construir, contribuir, tudo que ele sabe que aprendeu fora desse sistema, que seus pais lhe ensinaram, que as gerações de seu povo utilizavam, não passa de nada, não é conhecimento é sub-cultura deve ser abandonado, pois não é “cientifico”. Mas o que é cientifico? nada mais do que aquilo que a sociedade cientifica considera que o é; não questiono aqui a leis gerais da física, mas sim o porque dentro desse sistema tenho de me submeter a um empregador que me faz trabalhar 8 horas diárias e que obtém seu lucro na exploração de meu trabalho! Porque tenho de estudar a formação do continente europeu e não a do africano? Quem deu o direito para um homem ser o dono do mundo? Não uniu-se o homem em sociedade para a sobrevivência da espécie? Porque essa mesma sociedade quer acabar com ela mesma agora em beneficio de pequenos grupos de interesses?

Pensar a sociedade desse modo é negar a capacidade do ser humano de ser diferente, lhe dizer que os modos de aprender devem ser os mesmo para todos, pois somos iguais! É matar a capacidade inventiva do homem, a globalização seria um movimento ótimo se não fosse como uma imposição, esta se pensada como uma crioulização[2] onde os vários elementos heterogêneos colocados teriam uma relação de inter-valorização, onde não há uma degradação ou inferiorizarão de nem um dentro desse mix, sem um norte ao acaso, uma “globalização natural” onde não haveria uma cultura hegemônica para que as outras fossem apenas termos acessórios, que são incluídos apenas quando convém, como acontece atualmente, seria a salvação para a terra, pois ao pensar nessa uniformização, que os intelectuais chamam de globalização, vemos o quanto esse termo é excludente, pensemos nos seus maiores pregadores.

Os USA, pregam a globalização como se fosse algo bom e que se igualariam as culturas onde os benefícios desta seriam para todos, mas vivem metendo-se nas economias menores, protegem seus produtos com subsídios, atacam sem motivo países que não seguem o seu “modelo de democracia”, a União Européia, compactua com tudo isso e pratica exatamente as mesmas modalidades de atrocidades globalizadas, ou melhor globalizantes, são extremamente xenófobos e apregoam uma supremacia, cultural, eu digo a única supremacia deles é bélica!

Impressiona-me ainda o modo como essa questão de uniformização globalização atinge apenas os âmbitos que os interessam, pensemos a questão da informação, e sabido de todos, o poder de libertação que a informação carrega, e o maléfico que sua manipulação dissemina, logo vemos o poder que a mídia escrita e áudio visual tem de influenciar as massas, não me refiro aqui a um simples jornaleco que faz uma política medíocre, esse também faz seu papel manipulador porem e manipulado em um âmbito maior, mas dos grandes formadores de opinião que definem as noticias em âmbito global que possuem sede em vários países que são ditos respeitáveis, estes que decidem o que o mundo pensa a respeito de determinado assunto!

Mas tenho uma esperança, a internet, que nessa perspectiva considero o “Lutero das mídias”, quer fazer uma mudança, reforma, mostrar que nem tudo que a TV passa é verdade que nem tudo que nos é mostrado é o todo, mas assim como Lutero a net encontra a barreira da acessibilidade, nem todos no tempo de Lutero sabiam ler latim, logo as bíblias em latim não valiam nada era preciso popularizar, creio que esse é o caminho de que devemos tomar, popularizar, imaginemos o numero de pessoas que ainda são analfabetos digitais, a quantidade de indivíduos que são privados do saber, o numero de livros aos quais não temos acesso, o volume de informação que uma pequena parcela da sociedade detém, e o que eles nos dão?, os pacotes fechados!, onde eles escolhem o que devemos ou não saber, e quanto devemos pagar pra saber, respeito as leis de patentes mas entre “um” dono de uma patente e a “humanidade” não preciso dizer quem deve esta em primeiro plano.

Eu digo sim para a globalização da diferença, e não a globalização da uniformização, espero estar vivo no dia que a informação abrir os olhos da humanidade espero fazer parte desse movimento, não somos iguais, um dia nos unimos para sobreviver creio que esses tempos voltaram.


[1] Falo em cultura por entender que ela que norteia as decisões dos homens, vista aqui como um conjunto de valores arraigados no individuo consciente e inconscientemente apreendidos.
[2] (termo utilizado por Glissant em Introdução a uma poética da diversidade, diferente da mestiçagem ele coloca a impossibilidade probabilística de saber o que vai dar, como diria Falcão de O RAPA, “...só misturando pra ver no que vai da...”)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Problemas Sociais X Problemas Ambientais.


Eugênio Muller

 

















Esta semana li um artigo interessante sobre uma pesquisa realizada nas grandes capitais brasileiras. O título do texto era “Problemas ambientais não fazem parte da realidade dos brasileiros” e, a partir daí, o autor apresentou o resultado da pesquisa realizada pela Market Analysis em 8 capitais brasileiras no ano de 2005. Eram duas tabelas, na primeira estavam as respostas para a pergunta sobre qual seriedade os entrevistados atribuíam para uma série de problemas ambientais citados. Na segunda, de forma espontânea, o público era convidado a responder “qual é o problema mais importante que o mundo enfrenta hoje?”

As respostas à primeira pergunta o público julgou como “muito sério” a maioria dos problemas ambientais citados, como poluição das águas e do ar, mudanças climáticas, etc. Na segunda pergunta, quando questionado sobre os principais problemas do mundo, o público apontou insegurança, corrupção, pobreza, miséria, desigualdade social, desemprego e, em sexto lugar, a crise ambiental. Diante desses resultados, o autor concluiu que os brasileiros não se preocupam com a questão ambiental, porque nas citações ela aparece em penúltimo lugar.

Entendo que há um equívoco e uma precipitação nesta interpretação. Em pleno século XXI já não podemos nos dar ao luxo de dissociar problemas sociais de problemas ambientais. Não é possível considerar os problemas ambientais como uma categoria de problemas sociais. Meio ambiente, numa acepção bem simplista, é onde vive a sociedade, ou seja todo problema social é um problema ambiental. O erro está em tentar separar as duas coisas.

O equívoco está presente na interpretação dos dados apurados na pesquisa. O brasileiro preocupa-se sim com a questão ambiental, mesmo que ainda não consiga identificar claramente que insegurança, corrupção, pobreza, miséria, desigualdade social e  desemprego são problemas ambientais. Vivemos em um mundo que sustenta-se em ciclos, tudo é interdependente e o todo sempre é afetado pelos movimentos de cada parte. Os problemas, sejam eles econômicos, sociais, raciais, territoriais, religiosos ou qualquer outro, são problemas ambientais porque afetam nosso meio ambiente.

Se formos analisar, por exemplo, a questão da fome, veremos que é impossível tratar da questão sem enxergar o macro cenário ambiental, incluindo economia, sociedade, poluição, contaminação, etc. Produzir alimentos é uma atividade que exige recursos tecnológicos, econômicos, humanos e naturais, em suma, envolve todo o meio ambiente. Infelizmente ainda não temos habilidade suficiente para pensar e agir com sustentabilidade no desenvolvimento econômico. Por isso gostamos tanto de separar problemas sociais de problemas ambientais. Como consideramos que a fome é um problema “apenas social”, vale tudo para produzir mais alimentos, inclusive poluir e degradar o meio ambiente. O mesmo acontece com o desemprego, a insegurança pública e outros ditos “problemas sociais”

Pensar nesta questões como problemas ambientais faz toda a diferença. Na questão da fome por exemplo: enormes extensões de terra são utilizadas para produzir bilhões de toneladas de alimento, com milhões de toneladas de veneno químico e adubos. Este procedimento altera o ecossistema local, provoca desmatamento, extinção da fauna e flora local, contaminação dos mananciais, proliferação de pragas cada dia mais resistentes aos agrotóxicos. E mesmo assim não resolve o problema da fome no mundo. Não estou propondo o fim da agricultura industrial. Sei da importância dessa atividade econômica para o mundo, os milhões de empregos gerados, os avanços tecnológicos alcançados e os benefícios.

Entendendo a fome como uma questão ambiental estratégica, podemos olhar para a realidade dentro de uma visão holística e comprometida com a sustentabilidade. A fome acentua as desigualdades sociais e, infelizmente, é utilizada como instrumento de dominação política. É possível utilizar os recursos naturais com mais inteligência e produzir mais alimentos com menores custos e menos impactos ao meio ambiente. Investir nas próprias comunidades que sofrem as dificuldades e buscar utilizar de forma sustentável os recursos tecnológicos, financeiros, humanos e naturais. Pode parecer uma utopia, mas não é.

 A idéia é repensar a questão da fome como um problema ambiental: estimular a produção de alimentos o mais próximo possível dos consumidores para evitar gastos desnecessários com transporte; utilizar menos agrotóxicos e sistemas de irrigação mais eficientes; resgatar cultivares mais adaptados a cada região e valorizar a culinária local; fomentar a agricultura orgânica e controle natural de pragas; utilizar a educação ambiental como fator de conscientização e ferramenta de desenvolvimento; criar incentivos para o trabalho agrícola com adoção de novas técnicas e financiamentos; investir na formação de mercados mundiais reguladores de alimentos para enfrentar as adversidades naturais; repensar a agricultura para gerar menos impactos negativos; produzir respeitando a cultura e o saber fazer local das comunidades e respeitar a vocação dos povos.

Pode parecer um retrocesso ou um contra senso, mas é a forma mais sustentável de resolver o problema da fome. E isso se aplica a todos os outros problemas ditos “sociais”. Sob o olhar ambiental, as soluções são planejadas de forma sustentável, interdependentes e comprometidas com o equilíbrio. Fome, desemprego, insegurança e crises são problemas interligados e que tem um mesmo alvo: nós mesmos. Não dá mais para buscarmos soluções isoladas para cada um, é necessário uma visão ambiental.

Viver na Terra não pode ser um ato egoísta, somos mais de 6 bilhões de pessoas. Todos com os mesmos direitos, mas infelizmente, sem as mesmas oportunidades. Nossa responsabilidade cresce na medida que os problemas aumentam. É a tal da cidadania ecológica, lembra?

Retirado do site - vivaitabira.com.br