O dia 29 de novembro é um marco
histórico na luta mundial pelas liberdades. Nesse dia, no ano de 1947, era
adotado pela ONU um plano de divisão da Palestina[1],
que previa a criação de um estado judeu e um estado árabe nessas terras.
A região da palestina sempre foi
alvo de confrontos que envolvem muito além dos interesses dos dois estados,
esses confrontos têm como pano de fundo a estratégia de intervenção político-econômica
global de alguns países europeus, norte americanos e da Liga Árabe em torno da
grande produção de petróleo na região e na tentativa de uma imposição cultural,
que alargue os mercados consumidores de produtos “Made In Ocidente” ou que
assegure a permanência de governos totalitaristas na região do oriente médio
através da domesticação dos povos.
Nos últimos anos esses confrontos
vêm se agravando, causando milhares de mortes de ambos os lados, vitimando
civis de várias nações para assegurar os interesses econômicos do capital
global, construídos sob a égide desses interesses os vários acordos de paz constituídos
anteriormente foram sendo sistematicamente rompidos, a guerra para esse
conjunto de interesses continua sendo a estratégia mais lucrativa;
Observa-se ainda que uma das
grandes dificuldades de se constituir um acordo de Paz sólido com ambas as
nações são as intransigências nas negociações de ambos os governos,
impulsionadas pelas oposições construídas por facções extremistas palestinas e
israelenses que ainda vêem na lei “olho por olho, dente por dente” como máxima na
construção da “paz”, outro fator é a disputa acirrada pelo domínio de áreas com
maior abundância de recursos naturais, água, petróleo, terras férteis e tudo
mais, capitaneada pelas nações árabes, americanas e européias, que na busca
pela manutenção de seus monopólios político-econômicos preferem a guerra ao
invés da construção de duas nações soberanas, democráticas e livres;
Porém hoje, na ONU, mais uma
tentativa será feita na busca da solução para o confronto Israel-Palestina, o
presidente da autoridade palestina Mahamud Abbas vai propor a Assembleia Geral
das nações Unidas um projeto de resolução que além de solicitar a participação
da palestina como estado observador da organização, solicita que sejam
retomadas as negociações para se chegar a paz na região e se estabelecer um estado
palestino com base nas fronteiras de antes de 1967[2]
Contudo se os interesses
econômicos e políticos globais não forem subjugados pelos interesses do povo
dessas duas nações, que necessitam de um ambiente de paz, liberdade e democracia,
para superarem as pobrezas que imperam na vida de boa parcela da população,
teremos apenas mais um pedaço de papel assinado, e mais uma parcela dessas
nações assassinada!
Viva a liberdade, um estado Palestino Já!
Paz em Jerusalém!
Paz em Jerusalém!
[1] Naquele momento os países árabes não
aceitaram a proposta, pois compreendiam que a proposição era desfavorável para
eles, posição que só foi revista anos depois;
[2] Guerra
dos Seis Dias. Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam
a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e
tomam a Península do Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.