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terça-feira, 5 de março de 2013

Estamos às vésperas do 8 de março, dia Internacional de Luta das Mulheres.

Nesse momento de banalização e mercantilização da sexualidade, de incremento da violência, de falsas soluções para a crise sistêmica como o capitalismo verde que mercantiliza a natureza, temos que fazer ecoar com mais força as nossas bandeiras.

Não basta dizer não à violência sexista, mas denunciar como ela é parte de um modelo estruturante da sociedade que nos mantém a margem da riqueza, na base da pirâmide social, servas do trabalho doméstico e de cuidados. Lutar por autonomia econômica é mais atual que nunca.


É imprescindível também denunciar como a prostituição é parte deste mesmo modelo que controla a nossa sexualidade a serviço do prazer masculino. A posição da Marcha Mundial das Mulheres é mais além do que tem sido debatido em torno do projeto do Dep. Federal Jean Wyllys, que mais do que propor direitos para as protitutas, o que está no centro da proposta é a legalização dos cafetões/tinas.

Tal projeto, que tem sido aplaudido por setores legalistas e neoliberais, serivirá apenas para legitimar processos já em curso de especulaçlão imobiliaria, higeinização e para ampliar o mercado do turismo sexual e da pornografia, ansiosos por sair da clandestinidade para auferir maiores lucros aproveitando a euforia da copa e de grandes eventos.

Denunciamos a prostituição como à forma mais cruel e antiga de exploração, que existe para manter um sistema patriarcal, racista e heterossexual. Somos incondicionalmente solidárias as mulheres prostitutas!

Afirmamos o direito à autonomia sobre nosso corpo e sexualidade e negamos a imposição da maternidade, por isso lutamos pela legalização do aborto e reafirmamos nossa visão de que a sexualidade é construída socialmente e que somos sujeitos ativos na luta e defesa do seu livre exercício sem coerção, estereótipos e relações de poder.

Reafirmamos nossa solidariedade à luta de todas e todos por terra e nosso total apoio à resistência das mulheres de APODI/ RN como uma luta concreta, mas que carrega o simbolismo de lutas por paz, terra e território no Brasil e no mundo.

Demonstraremos, no dia 8 de março de 2013, à nossa maneira: crítica, ousada e irreverente, que o mundo nós queremos será livre de capitalismo, machismo, racismo e lesbofobia! Assim é o nosso feminismo construído todos os dias do ano!

Neste 8 de março, a Marcha Mundial das Mulheres reafirma: o mundo não é uma mercadoria, as mulheres também Não!"

Marcha Mundial Das Mulheres
Via Camila Furchi

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