A Universidade Pública brasileira está
cada vez mais seguindo a cartilha neoliberal, como podemos observar através das
Fundações de Direito Privado, da Reforma Universitária e também através de seus
projetos de pesquisa, servindo assim aos interesses do capital.
A esse cenário soma-se a ausência de
uma política de assistência estudantil, política esta que é propositalmente
deixada de lado. Assim as universidades encontram-se sem assistência
estudantil, isto é, moradia estudantil, bolsas, restaurantes universitários,
passe-livre, entre outas lutas, dificultando a permanência do estudante pobre
na universidade.
Esse cenário só é passível de mudança
através de luta, isto é, através de um movimento estudantil atuante e de
massas. Porém o movimento estudantil se encontra tanto a nível local como
nacional desmobilizado, num período de grande refluxo, com pouca movimentação,
participação e ação política, essa ocorrendo de forma esporádica e sem
continuidade. Assim, nos últimos anos presenciamos poucas lutas de impacto no
movimento estudantil.
É preciso romper com o movimento
estudantil atual, burocrático, autoritário e centralizador, denunciando suas
práticas que são na verdade feitas em benefício da reitoria, da manutenção do
status quo da universidade e da manutenção da ordem capitalista.
Precisamos construir um movimento
estudantil combativo e classista, que esteja na luta ao lado dos
estudantes pobres e do povo, se organizando de baixo para cima, da
circunferência para o centro, onde a direção de um DA, CA, DCE acate e execute
as decisões tomadas pela base. Um movimento estudantil baseado na ação direta,
ou seja, não contando com as promessas da burocracia da universidade e da
reitoria para conquistarmos nossos direitos, mas sim juntando nossas forças e
lutando com as nossas próprias mãos.
adaptado do blog - acaoestudantil.blogspot.com.br
retirado do blog - rebeldiavermelha.blogspot.com.br/
Discordo em dizer que o REUNI é a entrega da Universidade ao modelo neoliberal. Creio que o REUNI é a desprivatização da Universidade aos interesses da minoria pequeno-burguesa, e sua abertura às camadas populares.
ResponderExcluirPorém não há como concordar que a Universidade de hoje não têm servido aos anseios de uma outra sociedade e a superação do capitalismo, como sistema político-econômico vigente.
Ao mesmo tempo critico a tese de que possuímos um movimento estudantil burocrático, autoritário, centralizador... cada qual faz da tua organização instrumento de luta e, portanto, devemos fortalecer nossas intervenções como organização para disputar a política central das entidades de representação dos estudantes.
De resto, é isso. Continuar formulando rumo ao projeto de Universidade Popular, Democracia Proletária, Revolução Democrática e, consequentemente, o Socialismo Democrático Petista.
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ResponderExcluirCompanheiro, a Universidade Pública brasileira é profundamente marcada pela exclusão social da sociedade de classes, e isso desde antes do neoliberalismo nascer. O problema da Reforma Universitária, para citar um dos que tu coloca, remonta 1968.
ResponderExcluirO período recente é de intensar transformações para a Universidade brasileira. Essa sensação, de burocratização e centralismo do m.e. se explica nesse cenário. A ampla expansão das Universidades (sejam nas novas vagas nas Universidades Públicas ou nas Privadas) leva toda uma massa de jovens a ingressarem no mundo estudantil. A atual organização do movimento estudantil nacional não está preparada, de fato, para envolver a massa nessa sua expansão e, por que não, de fato, guinada classista. Mas isso não significa abolir o já erguido e começar do zero, e sim incorporar tais novos contingentes à luta social, transformando assim o todo do movimento social estudantil.
Se o momento é de refluxo, a tarefa é fortificar a organização e a formação da militância na base. Ainda mais se o refluxo se combina com uma expansão da base social estudantil!